sábado, 31 de outubro de 2009

Cinema é estereótipo? A Verdade Nua e Crua

Fui ver A Verdade Nua e Crua (The Ugly Truth - 2009) semana passada e não me decepcionei. Fato esse que deve ser comemorado quando se trata de uma comédia romântica, isto é, nada de Meg Ryan! O filme, de acordo com a precisa definição de Érico Borgo do site Omelete, conta a história de Mike Chadway, "um apresentador de um programa de televisão (Gerard Butler) chamado A Verdade Nua e Crua (The Ugly Truth), que dá título ao filme, o sujeito explica, sem rodeios, como funciona a cabeça dos homens. Ou melhor, as cabeças."




Os maiores momentos de comédia no filme ficam por conta de Abby Ritcher (Katherine Heigl), com todas as suas trapalhadas e as dancinhas empolgadas. Além disso, a auto-confiança de Chadway chama atenção. Ainda mais porque ele vai ao extremo do que pode aguentar no papel de durão antes do desfecho da história.

O que esperar disso? Clichês? Sim! As velhas piadas e os trocadilhos americanos presentes em todas as comédias? Sim! Mas uma coisa é certa no filme: por mais que as piadas sejam batidas, o personagem de Butler dá veracidade às falas. Mulheres, esqueçam egos e alter-egos. Os homens realmente pensam daquela forma. Pode não ser o tempo todo de maneira aparente, mas é verdade.  Vá ver, mas não se esqueça que é uma comédia. Dessa forma você vai se divertir muito.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

"As gravadoras acabaram"


Li hoje uma entrevista de João Marcello Bôscoli, fundador e presidente da gravadora Trama, na Exame. O título da entrevista me deixou pensando como esses títulos apocalípticos sempre se revelam demasiadamente empolgados ou pessimistas sobre algum assunto. É difícil pensar que as Majors sairão do jogo assim tão facilmente. Todas as grandes gravadoras fazem parte de conglomerados de mídia e ainda possuem um poder grande sobre os artistas e sobre os consumidores.

Para ter certeza disso, basta ver os inúmeros processos movidos por essas empresas nos Estados Unidos contra pessoas que baixam arquivos na Internet. Mesmo assim, há pessoas que pensam diferente. Pode ser que a fala de Bôscoli seja apenas uma desistência, uma espécie de "tudo bem, eu me rendo". Afinal, não há mais como bloquear a troca de arquivos mp3 entre as pessoas. Basta proibir um software de compartilhamento que surgem vários outros no lugar dele. Leia a entrevista feita por Tiago Maranhão e tire as suas conclusões. Seja você um apocalíptico ou um integrado, como diria Umberto Eco.

1) Se a Trama está dando de graça seu principal patrimônio, que são as músicas dos artistas contratados, como vai ganhar dinheiro?
As vendas de mídias físicas, como os CDs, representam hoje apenas 14% de nosso faturamento. Criamos um modelo no qual as pessoas baixam músicas de graça e o artista recebe o pagamento via patrocínios captados pela Trama. Além disso, produzimos shows, programas de rádio e TV, temos nossa editora, agenciamento de artistas, fazemos licenciamentos e temos nossos estúdios.

2) Que tipo de empresas se interessam por esses patrocínios musicais?
Os principais anunciantes de mídias tradicionais, como revistas, jornais e televisão, também são os principais interessados por esses projetos. Já fizemos parcerias com empresas como a Volkswagen, a Natura, a Vivo e a Microsoft.

3) Qual o retorno de uma empresa que patrocina um álbum?
A música gera um laço emotivo perene. As empresas que patrocinam projetos procuram pegar carona nessa relação especial entre o ouvinte e o artista. 

4) Nesse novo modelo de negócios, ainda há espaço para grandes gravadoras e conglomerados como a Warner dos anos 80?
As gravadoras acabaram. Felizmente. Pelo menos no sentido de empresas que vivem de vender música, como era no passado. Há espaço para o surgimento de outras grandes empresas no setor, mas não com essa mesma mentalidade.

5) Onde as gravadoras erraram?
Elas começaram a morrer quando declararam guerra à internet. Foi uma burrice, equivalente a uma fábrica de velas tentar processar Thomas Edison por inventar a lâmpada. O trânsito de arquivos musicais na internet é uma coisa sem volta. Como explicar a um adolescente de hoje a ilegalidade do MP3?

6) Os artistas não vão ficar a ver navios num mundo onde ninguém paga por suas músicas?
Alguém sempre pagará pelas músicas, mas não necessariamente o público. E a maior receita dos artistas sempre veio dos shows e não dos discos.

7) As gravadoras e os CDs vão deixar saudades?
As novas empresas do setor, em vez de basear seu negócio na venda de uma única mídia, o CD, vão ter de diversificar sua atuação. E o momento é bastante oportuno. A música hoje está mais presente na vida das pessoas do que nunca. Em games, computadores, celulares, players digitais portáteis e outros lugares onde nunca esteve antes. Quanto ao CD, basta lembrar que ele risca, o encarte rasga e o estojo desmonta. Alguém vai sentir saudades de um negócio desses?


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

"Fui pega pela obsolescência programada"

O texto de hoje é de uma ex-colega e eterna amiga, a super jornalista Maura Peres. Como acompanho o twitter dela (@mauraperes), sempre fico sabendo de notícias interessantes. Ela deixou um recado sobre o post mais recente dela no blog da assessoria onde trabalha, a Approach. Fui lá dar uma olhada e vou aproveitar para publicar aqui também. O assunto é interessante e foi muito bem tratado. Aproveitem!

Sabe quando o cidadão acha que precisa comprar algo novo só para não parecer antiquado? Esse fenômeno contemporâneo chama-se “obsolescência programada”. Tinha acabado de ler um artigo sobre isso quando rumei para o lançamento mundial do aclamado Windows 7, no Ponto Frio de Ipanema, um dos três lugares do Brasil que contou com o evento. O burburinho era grande, a fachada iluminada por canhões de luz verde não deixavam dúvidas de que ali havia uma verdadeira festa. 

Diversos executivos e profissionais da Microsoft se misturavam aos clientes afoitos para conhecer e principalmente adquirir a nova versão do mais conhecido sistema operacional do mundo. Em São Paulo, no Extra Itaim, foram distribuídas senhas ao longo do dia e a loja contou ainda com a presença do presidente da Microsoft Brasil, Michel Levy. 















Três anos após o lançamento do Windows Vista, a Microsoft ouviu e desenvolveu diversas melhorias no que considera ser o mais moderno sistema. Ao longe, viam-se os olhares de adultos brilhando, como se fossem de crianças em uma grande loja de brinquedos. 


Vários computadores permitiam que os consumidores experimentassem o novo software e, orientados por profissionais, percebessem as mudanças da nova versão. Por vezes são detalhes quase imperceptíveis, mas que podem fazer a diferença para muita gente. Cheguei a ouvir uma cliente dizer que queria dar um beijo na pessoa que inventou uma pequena facilidade na hora de renomear arquivos. Outros vibravam com os brindes, que por vezes tinham um valor maior do que o produto à venda. 

Pontualmente à meia noite, na virada para o dia 22, aconteceu o ápice do evento. Os caixas foram abertos para que os consumidores pudessem efetuar as suas compras. Quem garantiu a sua sacola verde tirou fotos para registrar o grande momento e saiu com muito sorriso no rosto. Eu, que nem sonhava que precisava de um novo Windows, fui uma delas e confesso: eu estava completamente obsoleta! 

Para ler o texto no blog da Approach, clique aqui.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Pode acreditar na Squadrus

O sentimento de ouvir uma música inédita e saber que aquilo já fazia parte do seu gosto musical antes mesmo de conhecê-la se chama identificação. Será que essa era a intenção que a banda Squadrus perseguia com a música chamada Acreditar? É um puro rock nacional? É a influência dos anos 80, principalmente Legião Urbana? É o que acontece com quem cresceu ouvindo todos os estilos dos anos 90? Ou é a influência de algumas bandas que tentam recuperar o dito rock clássico nos anos 2000?

Chegar a uma conclusão é muito complicado. O fácil mesmo é se perder no meio da melodia familiar, dos acordes agradáveis e dos efeitos do vocal, que não tiraram sua clareza. Acreditar é a primeira amostra do trabalho autoral da Squadrus, banda que responde a todas essas perguntas acima com rock 'n' roll com letra e música de primeira. É sentimental (não confunda com sentimentalismo) e vai te conquistar pelo ouvido. Basta acreditar!

Ficou com vontade de ouvir? Confira no MySpace da Squadrus. Se quiser deixar sua opinião sobre o som,  escreva um recado pra mim no Twitter.



quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Esse Meia Hora não decepciona...

Os jornais populares do Rio de Janeiro são ótimos, ótimos pra dar risada!
















Essa é uma aula de como escrever uma manchete de jornal popular. Se o assunto for violento, dê uma de Wagner Montes, escracha!! Mas se der para fazer trocadilhos infames com novelas e personagens da Globo, melhor ainda (melhor?). É por isso que dizem que o jornal impresso vai acabar. E quando não houver mais jornal impresso, basta escrever besteira e colocar na Internet.