segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Osso duro de roer

Tropa de Elite ganhou o Urso de Ouro e mostrou a importância que o primeiro verdadeiro blockbuster nacional conseguiu na cola da pirataria e da discussão em todos os meios de comunicação. Não vou falar aqui de correntes políticas em relação à conduta policial. Considero um absurdo discutir ideologia sobre uma função óbvia como a da segurança pública - proteger o cidadão -, mas é inquestionável que a violência não pode ser combatida apenas com repressão extremada.

O filme de José Padilha faria sucesso em qualquer momento por causa da violência das grandes cidades, principalmente no Rio de Janeiro, palco da trama sobre o Bope. Motivo de piada e responsável pelo surgimento de várias gírias, Tropa de Elite foi o responsável pela maior discussão sobre segurança pública motivada por um produto cultural, mas eu confesso que não tinha muita expectativa sobre o sucesso da película. O primeiro contato que tive com o filme foi na Aliança Francesa. Eu ainda lia o livro quando vi o anúncio, que convocava pessoas para atuarem como figurantes. Confesso que não liguei para a produção porque não senti força na história.

Tropa de Elite, combinação de violência, corrupção, temas polêmicos e atores globais de novela de sucesso, no entanto, virou febre e tomou conta até de programas humorísticos. Tom Cavalcante fez uma paródia muito engraçada, em que brinca atribuindo características homossexuais aos personagens. Deixo claro que considero engraçado porque é inusitado ver policiais do Bope migrarem para o Bofe, sem preconceitos. Se quiser ver um pedaço, clique aqui.

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