Confira os principais trechos desse bate-papo a seguir:
De Salvador para o Rio de Janeiro
A gente já tinha bastante tempo de banda, três, quatro anos. Era a ZecaCuryDamm, mas o Zeca saiu, o Cury saiu. Agora a coisa está se centrando mais em mim mesmo, Damm e a Formidável Família Musical. Isso tudo foi evoluindo, acontecendo, e as pessoas foram acompanhando. Salvador é uma cidade bem menor do que o Rio de Janeiro. A Bahia é um estado imenso, mas Salvador é um ovo. O pessoal fala que o Rio é um ovo, então Salvador é a gema (risos). Então não dá pra fazer que nem com a FFM, que a gente não pára, toca num shopping, toca na Zona Sul, toca no Recreio. Em Salvador não dá para fazer isso porque enjoa. O público não vai te ver tanto. Tem muito lugar, tem excesso de banda, mas a questão é que o público é pequeno. Foi muito legal, mas não estourou como a gente achava que ia estourar. E eu sou carioca. Minha família toda é carioca. Eu sou o mais baiano (risos). Cresci lá, dos sete anos até agora, com 31 anos. Faz um ano que estou aqui. Estou com 32 anos agora.
O que é a Formidável Família Musical?
Eu tenho consciência que a Formidável é um trabalho para estourar, para ser pop. Não no sentido pejorativo, mas no sentido de que é acessível para todo mundo, uma coisa que é bem trabalhada, que tem uma preocupação. Eu acredito muito na Formidável. É para criança, para adulto, para adolescente. É que nem o Lulu Santos, todo mundo ouve Lulu Santos. É uma música que é atemporal, para qualquer idade. Os músicos da Formidável são um termômetro bacana por serem daqui do Rio. Eles sempre dizem que tem banda que toca há muito tempo e não consegue essa abertura que a gente está conseguindo.
Como essa Família se reuniu?
Isso aí é muito engraçado. Foi tudo pela Internet mesmo. Lógico que eu contei com uma ajuda dos amigos. A gente trabalha não em cima de um gênero musical, mas de um estado de espírito. É como eu falei, liguei para meus amigos aqui no Rio para falar que estava precisando de uma banda. Outros eu procurei pelo Orkut, pelo MySpace. Eu colocava, por exemplo, “baterista beatles rio de janeiro”. Aí apareciam várias coisas: um cara com cara de Heavy Metal, nada contra, mas esse cara não tem muito a ver com a Formidável, tinha moleque de doze anos, tinha menina, uma japinha. O João (baterista), eu achei assim. Vi a foto dele com várias coisas de Beatles, ouvi ele tocando no MySpace. O Daniel (baixista) foi por indicação de amigo que me disse que conhecia um baixista com a mesma pegada. E aí conheci a galera, e fui juntando. Eu decidi esse nome ainda em Salvador porque são amigos que cresceram ouvindo as mesmas coisas, cresceram ouvindo os mesmos discos. E todo mundo tem muito essa pegada alto astral. É a Formidável, uma palavra meio antiga. Eu sou um cara meio tradicionalista. E aí a galera se reuniu. Vamos falar de coisas boas!
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